quinta-feira, 10 de julho de 2008

Bugio mutilado em fio de alta-tensão vai ganhar recinto em zôo

Animal foi eletrocutado em Porto Alegre, em maio. Quase dois meses após o acidente, ele está reaprendendo a se locomover.
Após amputar uma pata e quatro dedos de outra ao levar um choque em um fio de alta-tensão, em Porto Alegre, um bugio fêmea está reaprendendo a se locomover. O acidente com Macaca, como o animal com cerca de três anos e 3,8 quilos é chamado, aconteceu em maio.
A recuperação foi tão rápida que, na próxima semana, Macaca deve ser transferida para o Zoológico Municipal de Canoas, onde terá um recinto especial.
Por causa de suas limitações físicas, ela não poderá mais conviver com outros animais na natureza. Desde o acidente, o animal recebia atendimento em uma clínica veterinária.
A rapidez da recuperação surpreendeu a veterinária, que já atendeu a casos semelhantes. “Tentamos evitar ao máximo as amputações, mas não foi possível. No início, achávamos que ela não conseguiria mais se locomover, mas, pelo contrário, ela tem uma mobilidade incrível. A cauda substituiu o membro amputado”, diz a veterinária Alessandra Roll. “Ela é uma guerreira. Por muito menos, alguns animais não conseguem se movimentar. A agilidade e a vontade de fazer tudo nos surpreende. É a vontade de viver mesmo”, afirma.
Segundo a bióloga Soraya Ribeiro, coordenadora do Programa de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), há cerca de mil primatas em Porto Alegre.

Cabos ecológicos evitam acidentes

A veterinária Juliane Cabral, do Programa Macacos Urbanos, diz que acidentes envolvendo fios de alta-tensão são comuns. Por isso, cabos ecológicos possuem revestimento para evitar choques. “Há grande extensão de cabos ecológicos na região da Reserva Biológica do Lami, mas faltam em algumas áreas”, diz Juliane. A reserva fica no município de Porto Alegre.Em 2006, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi obrigada pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre a instalar cabos ecológicos. Desde então, a CEEE investiu R$ 150 mil, em oito obras.
Fonte: Zero Hora

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